Vício



Vício (do latim "vitium", que significa "falha" ou "defeito") é um hábito repetitivo que degenera ou causa algum prejuízo ao viciado e aos que com ele convivem. Fonte: Wikipédia


Assisti dias atrás o filme "Shame" (Vergonha), filme lançado em 2012.
Os produtores devem ter ficado preocupados com a repercussão e aceitação do filme com a abordagem do tema e procuraram aliviar um pouco a barra. No fim, ficou um filme mamão com açúcar, se comparado com a realidade de um viciado, seja de drogas ilícitas ou lícitas, como o álcool e o cigarro, seja de sexo.
Em linhas gerais, todos os vícios, apresentam o mesmo padrão.
O viciado encontra um certo prazer no ato. Tudo parece lindo, gostoso, prazeroso, até um dia ele se dar conta de que está muito longe da realidade. (Isto quando ele se dá conta, ainda em vida!)
O vício o consome, o distancia do seu caminho, dos seus objetivos, de sua família.
Anos depois ele descobre que a sua vida não avança.
Ainda não entende o motivo. As vezes, até se revolta com Deus, achando que está sendo injustiçado, pois, todas as pessoas que conhece avançam em suas vidas e a dele continua parada no tempo.
As vezes, se desespera, achando que nunca mais terá como chegar onde deveria estar.
São anos perdidos sem estudos, sem relacionamentos, sem realizações.
Perde na verdade não só o viciado, perde todos que o cercavam. Todos ressentidos e feridos pela falta de convivência, pois parte do tempo (parte da vida) do viciado foi consumida pelo vício.
Para entender melhor os transtornos e a luta intima pela qual passa um viciado, buscando sair do vício, você deve assistir o filme, não uma, mas pelo menos dez vezes seguidas.
Fique atento, quando o personagem principal, Brandon (Michael Fassbender), recolhe todo seu material pornográfico (inclusive seu notebook) e joga tudo no lixo.
Esta luta é travada pelo viciado, periodicamente! Centenas de vezes!
Incontáveis vezes ele já tentou, sozinho se livrar do vício, jogando tudo fora, virando as costas para o vício.
Preste atenção, também, quando ao final do filme ele reencontra a mulher no metrô.
Neste momento, o personagem, está dentro do mesmo cenário do começo de tudo. Está já envolvido novamente na névoa entre a realidade e fantasia, que vem ates da consumação do ato.
Aquele que não conhece um viciado, pode pensar que tudo se resolveu.
Afinal, até a irmã, ele quase perdeu, passou apuros no trabalho e até apanhou na rua.
Pronto! O nosso personagem viciado, já apendeu a lição.
Descerá sozinho do metrô, quando chegar a sua estação e caminhará até a sua casa.
Aqui é que mora o perigo!
Aqui está onde vários grupos de pessoas que buscam ajudar um viciado, falha!
Quando acha que a vitória já aconteceu.
Quando acha que chegamos ao fim da história. Os letreiros vão começar a surgir na tela e filme acaba.
O vício é uma armadilha, muito bem construída pelo diabo.
Neste momento, se as pessoas que estavam ajudando o viciado a se recuperar, se afastarem.
Baixarem a guarda.
Se o próprio viciado, baixar sua guarda, sentindo-se extremamente confiante com o progresso que fez, deixando o vício, será capturado pela armadilha.
O vício voltará, o apanhará, erguerá ele no ar e o jogará no chão.
Cada recaída destrói mais o que restava da autoestima, da força de vontade interior, do desejo de sair daquele ciclo vicioso.
Por maiores que sejam os sofrimentos físicos de um viciado, nada se compara ao que está ocorrendo dentro dele.
O alvo do vício é a alma, buscando sua fragmentação em milhões de caquinhos de constrangimento, de sensação de incapacidade, de resignação, de ódio, de revolva, formando não mais uma alma integra e harmoniosa e sim uma colcha de retalhos de sentimentos negativos.
Precisamos pois, não só cuidarmos do viciado, remover as fontes do vício de perto dele, como também, providenciarmos para que ele não se encontre no mesmo cenário, pelo menos, não sem uma armadura.
O vício é tão inteligente e eficiente arma que costuma provocar recaída até de quem vestiu uma armadura, durante o tratamento de recuperação.
O vício não tem pressa...
Ele espera o momento que a vítima poe de lado, a armadura, por algum minuto que seja.
Um piscar de olhos e o vício já está, novamente, dentro da vítima, iniciando seu processo de fragmentação.
Portanto a vitória contra o vício, vem quando lutamos acompanhados de Deus.
É um caminho difícil, onde o diabo tenta de todas as formas cortar nossa relação com Deus, envolvendo o viciado em uma "névoa" de fantasia, de delírio.
É a forma de confundir o "livre arbítrio" e fazer com que a pessoa, escolha o vício e não o caminho correto.
Não se deixe enganar! Lute e acima de tudo, nunca deixe de vigiar e orar.
Creia, a palavra de Deus é mais forte que qualquer vício.

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